quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Com neve, estradas são mais perigosas e podem ser cortadas. Que riscos?

Condições meteorológicas adversas podem provocar condicionamentos à circulação automóvel - em especial se forem de neve e gelo. Isto porque, no essencial, as condições põem seriamente em causa a segurança do tráfego. Em Portugal, o exemplo mais óbvio é o da Serra da Estrela - em que as estradas são frequentemente cortadas ao longo do inverno devido à queda de neve.

Mas não é caso único: por exemplo, aqui ao lado em Espanha, em meados de Novembro a Direcção Geral de Trânsito do país deu conta do encerramento de pelo menos uma estrada por causa destas condições.

Já na Suíça, que tem um clima propenso a nevões invernais, há vias cortadas durante boa parte ou todo o inverno. Casos, por exemplo, da Klausen Pass e a Gotthard Pass, que segundo a Swissinfo fecharam no início de Novembro "por motivos de segurança" e assim permanecerão até à primavera.

Noutros locais da Suíça e do mundo - mais ou menos habituados à neve - mesmo com limpeza, o trânsito pode ser encerrado por conta da neve. Como acontece tantas vezes a cada inverno por cá, na Serra da Estrela. Por outro lado, os automóveis podem ser equipados com pneus de inverno e com correntes para enfrentarem essas condições.

Então, por que é que mesmo assim as estradas nevadas e geladas podem ser fechadas - e que riscos apresentam?

Desde logo, pode ler-se num documento disponível no site da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária: "Com grandes nevões o mais seguro é não viajar".

Gelo negro

Um dos maiores riscos potenciais é o gelo negro. Trata-se de uma camada de gelo transparente que pode facilmente passar despercebida por deixar ver o piso da estrada abaixo. Ora, o condutor, alheio à presença deste perigo, pode abordar a estrada como se não existisse qualquer gelo e ser apanhado desprevenido.

Piso escorregadio

Com chuva, o asfalto pode ficar muito escorregadio e, por vezes, é difícil manter o carro sob controlo. A neve e o gelo reduzem ainda mais a aderência: "A aderência é quase nula e o veículo facilmente pode patinar, tornando-se difícil controlá-lo", segundo a ANSR.

Muitas vezes, as estradas encerradas devido à neve são de montanha - sinuosas e estreitas. São características que reduzem significativamente a margem de erro e de reagir a imprevistos (e corrigi-los a tempo), sendo que as distâncias e tempo de reacção necessários com muito pouca aderência são, só por si, maiores.

Neve acumulada

Mesmo com limpeza regular, um nevão pode deixar uma estrada intransitável pela acumulação da neve na via. Se a estrada se mantiver aberta até um local em que a passagem seja impossível, os carros presos (e, eventualmente, em busca de voltar atrás) podem gerar uma situação de trânsito muito complicada.

Segundo a agência Lusa, que citou o Comando Sub-Regional Viseu Dão-Lafões, aconteceu ontem (2 de Dezembro) uma situação em que um autocarro ficou preso na neve na região. E, de acordo com a SIC, outras viaturas ficaram igualmente bloqueadas devido à neve.

Visibilidade reduzida

A chuva e o nevoeiro, por si só, podem ter um impacto muito prejudicial na visibilidade. Com a neve, este impacto é ainda maior e influencia não só a visibilidade geral, como também pode tornar imperceptíveis as marcações rodoviárias e até a sinalização vertical, recorda a ANSR.

Imprevisibilidade

A queda de neve pode estar nas previsões meteorológicas, mas nunca se sabe, ao certo, se irá mesmo ocorrer (e se irá ocorrer na faixa horária antecipada pelos especialistas) e qual a sua intensidade. O clima não tem horas certas.

Por isso mesmo, os automobilistas podem ser apanhados de surpresa no meio da neve, sem equipamento adequado (correntes) nos veículos e ficarem até presos na estrada.

De resto, foi o que aconteceu esta terça-feira (2 de Dezembro) em Montemuro. Carlos Cardoso, presidente da Câmara Municipal de Cinfães, explicou à agência Lusa: "O nevão foi muito rápido e intenso, e apanhou alguns condutores na estrada".

Bernardo Matias 

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Fonte: Notícias ao Minuto

 

ACP: Se conduzir na neve siga estas recomendações

A queda intensa de neve que se verificou na terça-feira, 2 de Dezembro, no maciço central da Serra da Estrela, incluindo zonas dos distritos das Guarda e Castelo Branco, e no Parque Nacional da Peneda-Gerês, pode levar muitas famílias a fazer-se à estrada nos próximos dias para ver as Terras Altas de Portugal cobertas de branco. Para que a viagem seja feita em segurança considere seguir à risca as dicas que o ACP preparou.

Atenção à aderência do seu carro, use correntes nos pneus – Nas zonas de maior altitude, a neve, gelo ou geadas fortes, influenciam a condução, diminuindo a aderência do seu veículo ao piso da estrada e, assim, retirando capacidade de tração. Se não se prevenir as derrapagens podem acontecer mesmo numa estrada com uma fina camada de gelo.

Antes de se fazer à estrada, avalie bem o estado dos pneus do seu carro. Existem pneus de verão, pneus de inverno e pneus mistos. Em Portugal, onde a maior parte dos dias do ano tem sol, os pneus de inverno devem ser considerados só para regiões altas, onde a maior parte do inverno as temperaturas não passam dos 7º C. E os pneus mistos são usados por quem conduz regularmente tanto o asfalto como pisos de terra batida. Desta forma, a melhor maneira de preservar a aderência do seu veículo na neve é com correntes de neve, que vão melhorar a sua tração na estrada.

Não escolha as correntes de forma leviana. Considere os seguintes critérios:

-Tamanho do eixo: 7 e 9 mm para veículos leves, 13 e 16 mm para veículos médios, 25 mm para veículos pesados.

-Dimensões dos pneus: escolha modelos compatíveis para as dimensões das laterais dos seus pneus.

Atenção: o uso de correntes para a neve é obrigatório sempre que a estrada está coberta com neve e, mesmo que não esteja, mas haja gelo e sinalização a indicar o uso de corrente nos pneus deve colocá-las. Nessas condições, a velocidade do veículo não deve ser superior a 50km/h. A multa para quem não respeitar esta norma varia entre os 40 euros e os 80 euros.

Evite derrapagens com travagens suaves – Correntes aplicadas e o próximo factor a ter em conta é a velocidade. Circule devagar e com precaução redobrada na neve ou num piso com gelo, uma vez que a travagem pode ser mais difícil. Aumentar a distância de segurança para o veículo da frente também é um imperativo. A distância de segurança deve ser dez vezes superior ao habitual. Assim, evite derrapagens com travagens suaves. E a não ser que tenham espalhado sal nas estradas, deve evitar conduzir directamente nos trilhos criados por outros veículos, quando conduzir na neve ou no gelo, porque é mais difícil obter aderência na neve compactada do que na neve fresca.

Faça uma revisão rápida e escolha o equipamento correto – É aconselhável fazer uma breve revisão antes de iniciar viagem. Verifique o estado do limpa pára-brisas, certifique-se que a bateria está a funcionar correctamente (o frio tende a gerar problemas) e encha o líquido de limpeza do pára-brisas com anticongelante.

Para alguma eventualidade, tenha no seu carro um raspador para gelo ou uma escova especial. Se necessário um spray de degelo. Um saco impermeável para guardar correntes molhadas também é recomendável.

Conduz um eléctrico? Tenha especial cuidado na neve – Os carros eléctricos são mais sensíveis às baixas temperaturas no que diz respeito à autonomia. Isto porque enquanto um carro com motor a combustão gera muito calor residual, os motores dos veículos eléctricos convertem quase toda a energia produzida para impulsionar o veículo sem perdas. Se estiver a conduzir com um veículo eléctrico ou um híbrido plug-in, deixamos algumas dicas específicas para o ajudar a optimizar a vida útil da bateria.

Conduzir um carro automático na neve – Se estiver a conduzir um carro automático na neve, poderá verificar que já dispõe de um “modo neve”, que ajuda a conduzir com mais segurança e a reduzir a potencial derrapagem das rodas.

Alguns carros automáticos podem ter 2 posições no selector de velocidades, neste caso coloque na posição 2: são utilizadas apenas as 2 primeiras velocidades. A caixa de velocidades mantém uma condução a baixa velocidade, que é muito útil caso tenha de abordar uma inclinação acentuada, gelo ou neve. Também permite a utilização do travão-motor. Para os condutores com caixa manual, use uma mudança mais alta para melhor controlo.

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Fonte: ACP(Automóvel Clube de Portugal)

 

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

PORTUGAL CONTINENTAL: Tempo de inverno

Imagem de satélite às 16h00

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Fonte: SAT24

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Território de Portugal Continental afectado pela passagem de sucessivos sistemas frontais intercalados por erupções de massas de ar polares húmidas muito instáveis, favoráveis à ocorrência de instabilidade, em especial nas regiões do norte e centro; aguaceiros e trovoadas dispersas, com queda de neve nas regiões montanhosas do interior.

 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Segunda-feira, 1 de Dezembro (07h00)

Algumas temperaturas às 07h00

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Porto Moniz (Madeira): 18,8 ºC

Olhão (EPPO): 12,0 ºC

Cabo da Roca: 11,2 ºC

Cabo Carvoeiro: 10,8 ºC

Faro (Aeródromo): 9,7 ºC

Oeiras/Vila Fria (CMO): 9,3 ºC

Sines: 9,0 ºC

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Oliveira do Hospital (CIM): - 1,3 ºC

Macedo Cavaleiros (Bagueixe): - 1,6 ºC

Bragança: - 2,0 ºC

Bragança (Aeródromo): - 2,2 ºC

Miranda do Douro: - 2,9 ºC

Carrazeda de Ansiães: - 2,8 ºC

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Fonte: IPMA

 

sábado, 29 de novembro de 2025

Sábado, 29 de Novembro: Manhã com nevoeiro muito denso no interior alentejano

Imagem de Satélite às 9h30

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Fonte: SAT24

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Manhã com bancos de nevoeiro muito densos no interior do Alentejo.

 

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Sexta-feira, 28 de Novembro (07h00)

Algumas temperaturas às 07h00

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Porto Moniz (Madeira): 19,4 ºC

Cabo Raso: 13,7 ºC

Cabo Carvoeiro: 12,4 ºC

Olhão (EPPO): 12,4 ºC

Cabo da Roca: 11,9 ºC

Lisboa/Carnide (CML): 11,0 ºC

Oeiras/Vila Fria (CMO): 10,6 ºC

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Macedo Cavaleiros (Bagueixe): - 1,2 ºC

Aeródromo de Seia: - 1,3 ºC

Bragança (Aeródromo): - 1,5 ºC

Bragança: - 1,8 ºC

Carrazeda de Ansiães: - 2,1 ºC

Miranda do Douro: - 2,3 ºC

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Fonte: IPMA

 

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Quinta-feira, 27 de Novembro (07h00)

 Algumas temperaturas às 07h00
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Aeródromo de Santa Catarina (Madeira): 18,2 ºC
Cabo da Roca: 12,4 ºC
Olhão (EPPO): 11,5 ºC
Oeiras/Vila Fria (CMO): 10,7 ºC
Cabo Raso: 10,3 ºC
Cabo Carvoeiro: 9,9 ºC
Lisboa (Geofísico): 9,7 ºC
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Lamas de Mouro (P. Ribeiro):
- 0,9 ºC
Bragança:
- 1,1 ºC
Macedo Cavaleiros (Bagueixe):
- 1,1 ºC
Bragança (Aeródromo):
- 0,9 ºC
Miranda do Douro:
- 1,5 ºC
Carrazeda de Ansiães:
- 1,7 ºC
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Fonte: IPMA

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Quarta-feira, 26 de Novembro (07h00)

Algumas temperaturas às 07h00

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Faja/Ilha das Flores (Açores): 18,8 ºC

Cabo Raso: 13,1 ºC

Olhão (EPPO): 12,2 ºC

Cabo da Roca: 11,0 ºC

Cabo Carvoeiro: 10,8 ºC

Lisboa (Geofísico): 10,7 ºC

Tavira: 10,5 ºC

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Penalva do Castelo (CIM): - 0,4 ºC

Mirandela: - 0,4 ºC

Bragança: - 0,5 ºC

Aeródromo de Seia: - 0,6 ºC

Bragança (Aeródromo): - 0,9 ºC

Miranda do Douro: - 1,4 ºC

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Fonte: IPMA

 

sábado, 22 de novembro de 2025

Sábado, 22 de Novembro (07h00)

Algumas temperaturas às 07h00

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Porto Moniz (Madeira): 19,1 ºC

Cabo da Roca: 11,7 ºC

Olhão (EPPO): 11,0 ºC

Faro (Aeródromo): 10,7 ºC

Vila Real de Santo António: 9,5 ºC

Tavira: 9,3 ºC

Cabo Raso: 9,2 ºC

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Bragança (Aeródromo): - 2,8 ºC

Lamas de Mouro (P. Ribeiro): - 3,2 ºC

Aeródromo de Seia (CIM): - 3,2 ºC

Macedo de Cavaleiros (Bagueixe):- 3,5 ºC

Miranda do Douro: - 3,5 ºC

Carrazeda de Ansiães: - 3,7 ºC

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Fonte: IPMA

 

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Sexta-feira, 21de Novembro (07h00)

Algumas temperaturas às 07h00

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Ponta do Sol/Lugar de Baixo (Madeira): 18,2 ºC

Cabo Carvoeiro: 11,5 ºC

Cabo Raso: 11,5 ºC

Barreiro (Lavradio): 11,2 ºC

Portimão (Praia da Rocha): 10,7ºC

Lisboa (Geofísico): 10,6 ºC

Portimão (Aeródromo): 10,5 ºC

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Aeródromo de Seia (CIM): - 1,1 ºC

Penhas Douradas: -1,5 ºC

Aeródromo de Arganil (CIM): - 1,5 ºC

Miranda do Douro: - 1,7 ºC

Oliveira do Hospital (CIM): - 1,7 ºC

Penalva do Castelo (CIM): - 1,9 ºC

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Fonte: IPMA

 

terça-feira, 18 de novembro de 2025

PORTUGAL CONTINENTAL: Precipitação acumulada durante a tempestade Cláudia

(Tecle sobre as imagens para ampliar)
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Fonte: IPMA






IPMA: Depressão CLÁUDIA



O território do continente e o arquipélago da Madeira têm estado sob a influência da depressão “Cláudia” desde o dia 12 de Novembro. Esta depressão tem produzido condições adversas, quer no que diz respeito ao estado do mar, quer a condições atmosféricas, que se têm caracterizado por episódios de precipitação forte e prolongada, granizo, trovoadas fortes e frequentes, assim como a ocorrência de episódios de vento forte. Estes últimos, que têm sido particularmente registados no sul do território continental e no interior centro, tiveram forte expressão no dia 15 de Novembro na região do Algarve.
Com efeito, neste dia foi confirmada a ocorrência de dois fenómenos de vento muito forte, um em Albufeira, pelas 10:02 UTC (UTC = hora local), e outro em Lagoa, pelas 11:22 UTC, ambos no distrito de Faro, Algarve. Pela análise da informação disponível e natureza dos danos produzidos, foi possível qualificar o primeiro destes fenómenos como tornado e o segundo como fenómeno de vento forte.
Da análise preliminar efectuada, o tornado de Albufeira ter-se-á iniciado junto à faixa costeira, estimando-se que possa ter mantido contacto com a superfície num trajecto de cerca de quatro quilómetros, com uma orientação sudoeste-nordeste. Tratou-se de um tornado mesociclónico por estar associado à presença de um mesociclone na supercélula-mãe, cujo padrão se exemplifica nos campos da reflectividade e velocidade Doppler na Figura 1, pelas 10:07 UTC.
O outro fenómeno de vento forte iniciou a sua propagação sobre terra na zona de Ferragudo, estimando-se que tenha mantido contacto com a superfície ao longo de um trajecto de quase sete quilómetros, também com orientação sudoeste-nordeste. Este último esteve associado à propagação de uma supercélula, cujo padrão mesociclónico se ilustra na Figura 2, às 11:27 UTC.
De acordo com a aplicação dos procedimentos técnicos recomendados e de forma preliminar, considera-se que o tornado de Albufeira deverá ter classificação de IF2, estimando-se que o valor do vento máximo instantâneo associado tenha sido da ordem de 60 m/s (220 km/h). Segundo a mesma metodologia, considera-se que o outro fenómeno de vento forte terá a classificação de IF1.5, estimando-se que o vento máximo instantâneo tenha sido da ordem de 50 m/s (180 km/h).
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Fonte (texto e imagens): IPMA

domingo, 16 de novembro de 2025

PORTUGAL CONTINENTAL (Tempestade CLÁUDIA): Instabilidade esta noite no centro e sul

Fonte: IPMA

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Trajectória do núcleo principal da tempestade CLÁUDIA esta noite; continuação do tempo instável, nas regiões do centro e sul, com períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados por trovoadas; possibilidade de queda de granizo.

Melhoria do estado do tempo em todo o território de Portugal Continental a partir da manhã de segunda-feira, dia 17 de Novembro.

 

Tornados no Algarve. Limpezas já começaram em Albufeira


CopyRight @ RTP Notícias

Tempestade CLÁUDIA: Instabilidade moderada em Portugal Continental



Instabilidade em Portugal Continental, com períodos de céu muito nublado e ocorrência de aguaceiros, pontualmente fortes e acompanhados de trovoadas, em especial a norte do Baixo Alentejo; possibilidade de queda de granizo.

 

sábado, 15 de novembro de 2025

Mau tempo. Ribeira galgou margem e inundou habitações em Vila do Conde


CopyRight @ RTP Notícias

Depressão Cláudia. Fenómenos extremos explicados pelo "ar tropical" e o aquecimento do oceano


CopyRight @ RTP Notícias

Tornado em Albufeira faz estragos no parque de campismo e num resort


CopyRight @ RTP Notícias

Ovar e Santa Maria da Feira afetados pela tempestade

Os concelhos vizinhos de Ovar e Santa Maria da Feira também estão a ser afectados pela depressão Cláudia. Em Ovar, oito pessoas tiveram de ser retiradas de casa por causa da subida da água do Rio Cáster e da Ribeira da Graça, segundo explicou à Antena 1 o Comandante Sub-Regional da Protecção Civil da Região de Aveiro. Ao todo, nesta região, houve mais de 70 ocorrências entre a meia-noite e as 10h45.
Já em Santa Maria da Feira, há inundações em várias partes do concelho, como São João de Ver, São Paio de Oleiros e Lourosa. Mas os principais estragos foram na cidade de Santa Maria da Feira. O presidente da Câmara, Amadeu Albergaria, diz à rádio pública que várias lojas do centro histórico foram afectadas, já com as autoridades no local, antevendo que possam reabrir no final do dia.
Houve também uma derrocada parcial na EN109, na fronteira entre Feira e Espinho, estando cortado o acesso.
Na Área Metropolitana do Porto, foram cerca de 170 ocorrências assinaladas durante a noite e até às 12h. Santa Maria da Feira e Vila do Conde, no Porto, são os locais mais afectados, apontou o comandante sub-regional da Protecção Civil da Região.
Caves de habitações inundadas em Vila do Conde - A RTP falou com o vice-presidente da Junta de Freguesia de Modivas (Vila do Conde), onde inundações causadas pela depressão Cláudia atingiram dez casas, cujas caves ficaram, nalguns casos, totalmente inundadas. “Tivemos um fenómeno extremo fruto desta tempestade entre as 3h00 e as 6h30. Choveu torrencialmente, ao ponto de a ribeira da Laje ter atingido níveis nunca antes vistos. Galgou tudo o que era margens, passou por cima de uma ponte”, explicou Paulo Costa.
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Fonte: RTP Notícias

Tornado faz um morto em parque de campismo em Albufeira e 30 feridos num hotel da cidade

Um tornado atingiu o sul do país neste sábado de manhã, provocando um morto e pelo menos quatro feridos ligeiros no parque de campismo de Albufeira, no Algarve. O mau tempo também provocou estragos e feridos no Éden Resort, na mesma cidade. De acordo com dados apurados pela CNN Portugal, a passagem do tornado pelo hotel provocou pelo menos 30 feridos, entre hóspedes e funcionários, incluindo um ferido grave.

Do total, 20 vítimas foram transportadas para o centro de saúde de Albufeira e as restantes foram assistidas pelas equipas de emergência pré-hospitalar. O ferido grave foi transportado para o Hospital de Faro, não se conhecendo o seu estado de saúde para já. A vítima mortal é uma mulher de 68 anos de nacionalidade britânica. Inicialmente, houve uma troca dos dados da vítima mortal com os da vítima em estado grave, um homem de 80 anos de nacionalidade ainda desconhecida.

De acordo com informações apuradas pela CNN Portugal, a vítima estava dentro de um bungalow e teve de ser retirada dos escombros. Foram realizadas manobras de reanimação pelas equipas médicas, mas o óbito acabou por ser declarado no local pelo médico da VMER de Albufeira.

O tornado destruiu vários bungalows, carros e autocaravanas no parque de campismo.

Há 64 operacionais destacados para as duas operações em Albufeira, apoiados por 24 veículos. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já reagiu ao incidente, lamentando a morte do idoso em Albufeira e manifestando a sua solidariedade aos familiares da vítima. Em comunicado divulgado no site da presidência, Marcelo endereça ainda "votos de rápidas melhoras aos cidadãos feridos".

Em declarações à Lusa, fonte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) disse que as imagens de radar indicam que a probabilidade de ter sido um tornado é muito grande, também pelos danos, mas que a situação ainda vai ser avaliada. A situação ocorreu por volta das 11:00 e, segundo a meteorologista Paula Leitão, até às 15:00 as condições atmosféricas no Algarve vão manter-se propícias “a haver mais fenómenos deste género, embora não quer dizer que cheguem a terra”.

De acordo com a responsável, há ainda “muita actividade sobre o mar”, tratando-se de fenómenos que acontecem ocasionalmente, e de forma inesperada, não sendo possível prever quando e onde podem ocorrer. Na sexta-feira, a zona de Faro foi afectada por um fenómeno de vento que causa rajadas muito intensas e localizadas, provocando a queda de árvores e de estruturas.

Faro, Setúbal e Beja continuam hoje sob aviso laranja, pelo menos até às 15:00, por chuva persistente, por vezes forte e acompanhada de trovoada, indica o IPMA na sua página de Internet.

Tiago Lima

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Fonte: CNN Portugal